SENHOR DEUS DAS ESCOLAS
Quem sou eu? Quem é você? Quem somos nós?
Eu! Sou louca, sou Santa, sou mulher, sou homem, sou gente, sou um pouco de tudo, sou o tudo do nada. Sou aluna, sou professor, sou mestre, sou ignorante. Sou ignorante diante da vida, diante do cérebro, diante da imaginação humana. Não sei mais o que digo ou o que penso. Quero pensar, pensar ESCOLA, quero dizer, dizer EDUCAÇÃO. Mas diante de tudo, dos fatos, das ocorrências, perdi a fala, o jeito, o sono, perdi o rumo. Não sei escrever, falar ou dormir o sono dos justos. Quero ajuda, a ajuda de todos. Quero ajuda dos deuses para pedir. Mas pedir o quê e como?
Ajude-me Senhor Deus das Escolas, dê-me sabedoria para orientar os pequeninos que chegam até a nós. Que nós possamos, Senhor Deus das Escolas, ter dignidade para não julgar os atos dos nossos semelhantes.
Oh! Senhor Deus das Escolas! Dai-nos o dom do perdão, porque, se soubermos perdoar, ofenderemos menos. Oh! Senhor Deus das Escolas! Cura nossas línguas da maledicência, nossos ouvidos para ouvirmos os gritos de socorro, nossos olhos da cegueira interna, para que possamos ver a beleza dos nossos semelhantes. Dai-nos um coração ameno e mais brando para que nossos pensamentos sejam voltados para um saber verdadeiro. Oh! Senhor Deus! Que cada corredor, que cada sala de aula seja um santuário de cultura e um saber jovem, sem mácula e preconceitos. Ah! Senhor Deus das Escolas! Eu não sei dizer nada tão bonito quanto eu gostaria, eu só sei pedir.
Então, quero pedir, SENHOR DEUS DO MUNDO, DEUS DO UNIVERSO, abra nossos braços, não para a cruz da tortura, mas para a CRUZ DO AMOR. Abra, Senhor Deus, Rei do Universo, os nossos braços, nossos corações, nossa mente para receber todos na escola viva e olhar para cada um com os olhos do Deus Pai, porque assim, Senhor, quando sairmos de cena, do espetáculo, chamada Educação, quando apagarem as luzes e serrarem as cortinas do teatro da vida e a música soar como última canção, o texto não se perca, mas ecoe para todo sempre no viver de nossos alunos, mesmo com os nossos erros.
Em um momento de tanta violência e brutalidade na sociedade brasileira somente um trabalho humanístico, solidário, dotado de muita fé e esperança será capaz de trilhar dias melhores. Parabéns a D. Joselita pela sensibilização com nossos alunos.
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